Estudo | Glenio Fonseca Paranaguá - PARÁBOLAS QUE REVELAM A AUTORIDADE DE JESUS
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PARÁBOLAS QUE REVELAM A AUTORIDADE DE JESUS
Quando Jesus voltou ao templo e começou a ensinar, os principais sacerdotes e líderes do povo vieram até ele e perguntaram: “Com que autoridade você faz essas coisas? Quem lhe deu esse direito?”Jesus respondeu: “Eu lhes direi com que autoridade faço essas coisas se vocês responderem a uma pergunta: A autoridade de João para batizar vinha do céu ou era apenas humana?”Eles discutiram a questão entre si: “Se dissermos que vinha do céu, ele perguntará por que não cremos em João. Mas, se dissermos que era apenas humana, seremos atacados pela multidão, pois todos pensam que João era profeta”. Por fim, responderam a Jesus: “Não sabemos”.E Jesus replicou: “Então eu também não direi com que autoridade faço essas coisas.” Mateus 21:23-27 (NVT).
Quando Jesus veio ensinar no templo, os principais sacerdotes e os anciãoslogo interromperam seus ensinamentos para perguntar quem lhe dava autoridade para ensinar, realizar milagres e limpar o templo. De onde vinha a Sua autoridade?
Eles queriam prendê-lo, não importavam como Jesus respondesse. Se alegasse ter autoridade em Si mesmo, como o Filho de Deus, eles o acusariam de blasfêmia. Se Ele reivindicasse autoridade dos homens, O desacreditariam. Se Ele reivindicasse autoridade de Deus, eles O desafiariam. Era uma sinuca de bico, por assim dizer.
“Eles se consideravam os guardiões da fé, profissionais que, por treinamento formal e nomeação humana, estavam autorizados a dirigir a vida religiosa do povo. Jesus não tinha escolaridade formal e certamente nenhuma credencial dos governantes de Israel.O desafio deles refletia o ressentimento secular de religiosos profissionais contra homens com o poder da unção divina”, afirmava muito bem William MacDonald.
“O Senhor dispôs-se a explicar Sua autoridade se eles respondessem a uma pergunta: O batismo de João era do céu ou dos homens? O batismo de João deve ser entendido aqui como o ministério de João. Portanto, a pergunta era: “Quem autorizou João a continuar seu ministério? Sua ordenação era humana ou divina? Que credenciais possuía João dos líderes de Israel?.”A resposta era óbvia: João era um homem enviado por Deus. Seu poder veio do endosso divino, não do endosso humano”.
Os sacerdotes e os anciãos estavam em um dilema. Se eles admitissem que João foi enviado por Deus, eles seriam encurralados por seus próprios argumentos. João havia apontado aos homens que Jesus era o Messias. Se a autoridade de João era divina, por que eles não se arrependeram e creram em Jesus, como o Cristo?
De outro lado, se dissessem que João não foi comissionado por Deus, adotariam uma posição que seria ridicularizada pelo povo, já que a maioria do povo concordava que João fora profeta de Deus. Se eles tivessem respondido corretamente que João foi enviado divinamente, eles teriam a resposta para sua própria pergunta: Jesus era o Messias de quem João fora o precursor. Mas eles aqui se recusaram a enfrentar os fatos de que Jesus era o Messias, por isso alegaram ignorância. Saíram pela porta dos fundos.
Eles não podiam dizer qual era a fonte do poder de João. Então Jesus disse: Nem eu lhes direi com que autoridade faço essas coisas. Por que Ele deveria lhes dizer o que eles já sabiam, mas não estavam dispostos a admitir? Foi aqui que Jesus contou duas parábolas que explicam isto: a parábola dos dois filhos e a dos maus lavradores.
“O que acham disto? Um homem que tinha dois filhos disse ao mais velho: - ‘Filho, vá trabalhar no vinhedo hoje’. - O filho respondeu: ‘Não vou’, mas depois mudou de ideia e foi. - Então o pai disse ao outro filho: ‘Vá você’, - e ele respondeu: ‘Sim senhor, eu vou’, mas não foi. - “Qual dos dois obedeceu ao pai?”- Eles responderam: “O primeiro”.Então Jesus explicou: - “Eu lhes digo a verdade: cobradores de impostos e prostitutas entrarão no reino de Deus antes de vocês. Pois João veio e mostrou o caminho da justiça, mas vocês não creram nele, enquanto cobradores de impostos e prostitutas creram. E, mesmo depois de verem isso, vocês se recusaram a mudar de ideia e crer nele.” Mateus 21:28-32 (NVT).
Esta parábola é uma repreensão sagaz aos principais sacerdotes e anciãos pelo fracasso em obedecer ao chamado de João ao arrependimento e à fé. Trata-se de um homem cujos dois filhos foram convidados a trabalhar na vinha. O primeiro recusou, depois mudou de ideia e foi à lida. O outro concordou em ir, mas nunca o fez. Quando perguntados sobre qual filho fez a vontade de seu pai, os líderes religiosos se condenaram sem querer, dizendo: "O primeiro".
O Senhor interpreta a parábola claramente:coletores de impostos e prostitutas eram como o primeiro filho. Eles não fizeram nenhuma pretensão imediata de obedecer a João Batista, mas eventualmente muitos deles se arrependeram e creram em Jesus. Os líderes religiosos eram como o segundo filho, atécerto ponto aprovavam a pregação de João, mas nunca confessaram seus pecados ou confiaram no Salvador.
Portanto, os pecadores entramno reino de Deus, enquanto os líderes religiosos satisfeitos permanecem do lado de fora. Será que isso acontece hoje?Pecadores declarados recebem o evangelho mais rapidamente do que aqueles com um verniz de falsa piedade?
A expressão “João veio a você no caminho da justiça” significa que ele veio pregando a necessidade da justiça através do arrependimento e fé.
“Agora, ouçam outra parábola. O dono de uma propriedade plantou um vinhedo. Construiu uma cerca ao redor, um tanque de prensar e uma torre para o guarda. Depois, arrendou o vinhedo a alguns lavradores e partiu para um lugar distante. No tempo da colheita da uva, enviou seus servos a fim de receber sua parte da colheita. Os lavradores agarraram os servos, espancaram um deles, mataram outro e apedrejaram o terceiro. Então o dono da propriedade enviou um grupo maior de servos para receber a parte dele, mas o resultado foi o mesmo. “Por fim, o dono enviou seu filho, pois pensou: ‘Certamente respeitarão meu filho’.“No entanto, quando os lavradores viram o filho, disseram uns aos outros: - ‘Aí vem o herdeiro da propriedade. Vamos matá-lo e tomar posse desta terra!’. Então o agarraram, o arrastaram para fora do vinhedo e o mataram. - “Quando o dono da terra voltar, o que vocês acham que ele fará com aqueles lavradores?”, perguntou Jesus. Os líderes religiosos responderam: - “Ele os matará cruelmente e arrendará o vinhedo para outros, que lhe darão sua parte depois de cada colheita”.Então Jesus disse: - “Vocês nunca leram nas Escrituras: ‘A pedra que os construtores rejeitaram se tornou a pedra angular. Isso é obra do Senhor e é maravilhosa de ver’? Eu lhes digo que o reino de Deus lhes será tirado e entregue a um povo que produzirá os devidos frutos. Quem tropeçar nesta pedra será despedaçado, e aquele sobre quem ela cair será reduzido a pó”. Quando os principais sacerdotes e fariseus ouviram essa parábola, perceberam que eles eram os lavradores maus a que Jesus se referia. Queriam prendê-lo, mas tinham medo das multidões, pois elas o consideravam um profeta. Mateus 21:33-46 (NVT).
Além de responder à pergunta sobre autoridade, Jesus contou a parábola de um certo proprietário de terras que plantou uma vinha e colocou uma cerca viva em volta dela, instalou uma prensa de vinho, construiu uma torre e alugou para lavradores, indo embora para um país distante. Na safra, enviou seus servos aos arrendatários pra obter o aluguel da colheita, mas estes bateram num, mataram outroe apedrejaram um terceiro.
Quando ele enviou outros servos, receberam o mesmo tratamento. Na terceira vez, enviou seu filho, pensando que o respeitariam. Sabendo eles muito bem que o filho era o herdeiro, o mataram com a ideia de apoderarem-se de sua herança.
Nesse ponto, o Senhor perguntou aos religiosos o que o proprietário faria com os lavradores? Eles responderam: "Ele destruirá miseravelmente aqueles homens maus e emprestará sua vinha a outros vinhateiros que lhe renderão os frutos em suas estações".
A parábola não é difícil de interpretar. Deus é o proprietário, Israel a vinha (Isaías 5:1–7). A cerca é a Lei de Moisés que separou Israel dos gentios e o preservou como um povo distinto para o Senhor. A prensa de vinho, por metonímia, significa o fruto que Israel deveria ter produzido para Deus. A torre sugere o cuidado vigilante de Jeová por Seu povo. Os lavradores são os principais sacerdotes e escribas.
Deus repetidamente enviou Seus profetas ao povo de Israel buscando da vinha os frutos da comunhão, santidade, gozo e amor. Mas o povo perseguiu os profetas e matou alguns deles. Por fim, Deus enviou Seu Filho, dizendo: “Eles respeitarão Meu Filho”.
Os principais sacerdotes e escribas disseram: "Este é o herdeiro" - uma admissão fatal. Eles concordaram em particular que Jesus era o Filho de Deus (embora o negasse publicamente) e, assim, responderam à própria pergunta deles sobre Sua autoridade. Essa autoridade vinha do fato de que Jesus era Deus, o Filho.
Na parábola, eles são citados dizendo: “Este é o herdeiro. Vinde, matemo-lo e tomemos sua herança”. Na vida real, eles disseram: Se o deixarmos assim, todos crerão nele, e os romanos virão e tirarão nosso lugar e nossa nação. João 11:48. E assim eles o rejeitaram, expulsaram e crucificaram.
Quando o Salvador perguntou o que o dono da vinha faria, a resposta deles os condenou, como mostra nos versículos 42 e 43. Então Jesus citou as palavras do Salmo 118: 22: A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a principal pedra angular. Isso foi o que o Senhor fez e é maravilhoso aos nossos olhos.
“Quando Cristo, a Pedra, se apresentou aos construtores - os líderes de Israel - não tinham lugar para Ele em seus planos de construção e O jogaram de lado como inútil. Porém, após Sua morte, ressuscitou dos mortos e recebeu o lugar de preeminência dado por Deus e assimfoi feito a pedra mais alta no edifício Divino: Deus também o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome... Filipenses 2: 9.
Jesus, então, anunciou sem rodeios que o reino de Deus seria tirado de Israel e dado a uma nação que daria frutos. E assim aconteceu. Israel foi deixado de lado como povo escolhido de Deus e ficoufora, judicialmente. Um endurecimento chegou à raça que rejeitou seu Messias e permanece assim até o segundo advento de Cristo.
A profecia de que o reino de Deus seria dado a uma nação que produz seus frutos tem sido entendida como se referindo à igreja, composta de judeus e gentios crentes - uma nação santa, o próprio povo de Deus, 1 Ped. 2: 9- ou à parte crente de Israel que estará vivendo no Segundo Advento. Israel redimido trará frutos para Deus.
Quem cair nesta pedra será quebrado; mas sobre quem ela cair, virará pó. Na primeira parte do versículo, a pedra está no chão, a pedra baixa; na segunda parte, está descendo de cima. Isso sugere os dois adventos de Cristo. Quando Ele veio pela primeira vez, os líderes judeus tropeçaram nEle e foram despedaçados. Quando Ele voltar, descerá em juízo, espalhando Seus inimigos como pó”.
Não restavam mais dúvidas, o jeito é perdê-lo e matá-lo, mas quem vive da opinião do povo tem medo do veredito do povo. Agora eles têm que subverter o povo, para poder realizar os seus desígnios. É sempre assim que a religião faz. Para que Jesus fosse crucificado o sinédrio sublevou a multidão e deste modo pediu a crucificação dEle. O coração do ser humano é desesperadamente corrupto e corruptível. Foi assim e é assim...