Estudo | Glenio Fonseca Paranaguá - EXALANDO O EVANGELHO DE DEUS - 2
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EXALANDO O EVANGELHO DE DEUS - 2
Cometi eu, porventura, algum pecado pelo fato de viver humildemente, para que fôsseis vós exaltados, visto que gratuitamente vos anunciei o evangelho de Deus?
2 Coríntios 11:7.
O Evangelho é uma boa notícia que sempre continua como uma boa nova. Não há Evangelho velho ou ultrapassado. Ele nunca se desatualiza nem perde o seu prazo de validade. Como o sol, que brilha a cada manhã, com o mesmo fulgor, o Evangelho jamais fica azinhavrado ou coberto de poeira. É uma novidade restauradora a cada momento.
Essa boa notícia fala do Deus que se interessa pelas pessoas que não têm um só interesse por Ele. Mostra o amor do Deus que busca aqueles que não O buscam e diz como Ele assumiu o preço do pecado, dando ao rebelde a absolvição, como pura dádiva.
O Evangelho revela Deus buscando e salvando, graciosamente, todos os Seus eleitos rebelados e os transformando em Seus filhos, sem qualquer contrapartida. <strong >Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;não de obras, para que ninguém se glorie.Efésios 2:8-9.
Vemos que o Evangelho é um assunto da graça plena de Deus e que nada tem a ver com negócio. Não é troca, nem tem troco. Não há comércio no âmbito do Evangelho de Deus e ninguém pode tentar compensar o Altíssimo com qualquer recompensa.
O Evangelho não é uma doutrina a seguir, é uma pessoa com quem vamos nos envolver; não é GPS guiando-nos ao destino celestial, é relacionamento pessoal e afetivo que vai nos governar em todo o nosso modo de viver. O Evangelho é a vida de Cristo em nós, depois de termos sido crucificados com Ele. O Evangelho não se aprende, se vive.
O apóstolo Paulo vive na graça e pela graça, por isso, ele humilha-se para que outros possam ser exaltados, como ele o é, em Cristo. Ele sabe que tudo o que é, e tudo o que tem, tudo é somente pela graça. <strong >Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo.1Coríntios 15:10.
Paulo vive a vida de Cristo em amar a igreja rebelde, ainda que se entristeça e sofra por sua deslealdade. Ele funciona em termos diferentes do que os falsos apóstolos, que nos versos 12 e 13, do capítulo em foco, são enganosos e disfarçados.
Foi por isso que o apóstolo contestou veementemente: <strong >Se, na verdade, vindo alguém, prega outro Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho diferente que não tendes abraçado, a esse, de boa mente, o tolerais.2 Coríntios 11:4. Aqui reside a grande crise. A igreja sempre sofreu com essa confusão dos penetras que se travestem de “evangélicos”.
A questão é, como essa igreja, que tinha o testemunho do Evangelho puríssimo e convincente - na vida e no ministério de Paulo - como pode ser enganada por essa corja dos falsos apóstolos? A resposta é: assim como a serpente enganou a Eva com sua sutil astúcia (11: 3),assim como Satã se disfarça em anjo de luz (v. 14), deste mesmo modo,o bando dos falsos apóstolos se disfarça como ministros da justiça.
No Evangelho de Jesus Cristo, os Seus ministros são reconhecidos como reais ministros da graça. Vivem da graça, na graça e pela graça. No falso evangelho esses tais ministros se preocupam com a aparência comportamental e se esmeram na pregação da lei, sob rígida exigência da justiça retributiva. São legalistas e moralistas, nunca pastores.
As tentações e os falsos ensinamentos vestem-sede roupas atraentes, para se camuflar e recontar a história cultural vigente. Em um mundo onde o sucesso foi definido pela retórica e pelo pedigree, os falsos apóstolos tentaram mostrar que Paulo estava em déficit e que a sua mensagem da graça não passava de uma fraude.
Nesse mundo, onde o sucesso religioso é definido pela riqueza auto-alcançada ou o poder do capital, dos números, das multidões e de franchises de contratos mundiais, que até nos dizem o que querem ouvir, precisamos de luz e mais luz para discernir o que é o Evangelho, senão, estaremos envolvidos nos mesmos engodos dos coríntios.
Para poder proclamar o Evangelho, devemos mostrar que a definição de nossa cultura do sucesso (ou seja, dinheiro, controle e fama) não tem poder transformador. Só o poder da cruz é capaz de anular a ambição pelo poder, riqueza, fama e controle.
Paulo chama nossa atenção para o seu modo de viver - sem ostentar qualquer privilégio ou requerer alguma retribuição. Ele privou-se de direitos e prerrogativas, afim de que a mensagem do Evangelho não sofresse com a idéia comercial. Com certeza preferiu passar necessidade, a ter necessidade de se desculpar de um impróprio modo de agir.
O apóstolo sabia, que: <strong >Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho;1 Coríntios 9:14. Não se amordaça a boca do boi que trabalha na debulha do trigo, também não é errado retirar o sustento na pregação do Evangelho. Imoral é negociar bênçãos e fazer do púlpito um balcão de negócios.
Paulo viveu modestamente, para que a igreja vivesse honrada com a graça do Evangelho. Mas ele não se lamentava de ter vivido assim. Nunca fez uma greve ou chiava e choramingava em sua defesa. Ele não queria dar oportunidade aos falsos apóstolas de o incriminarem em qualquer caso de egoísmo.
O Evangelho é sempre gracioso, generoso e oferecido só pela graça. Nada que não seja de graça e pela graça é válido no Reino de Deus. Por isso, o Evangelho não tem cobrança, nem troca de favores, além do que, é uma fonte saudável de alegria.
O Evangelho de Deus arrebenta os portões das notas dolorosas da cítara, mas abre alegre as portas doces da harpa e os címbalos retumbantes do júbilo, em meios às tempestades e tormentas deste mundo turbulento. O Evangelho é um canto de amor.
<strong >Vinde, cantemos ao Senhor: Façamos um barulho alegre ao Rochedo da nossa salvação.Salmos 95:1. Nós, os escolhidos, chamados e feitos fiéis, jamais nos afastamos de nossas aflições, mas não nos tornamos prisioneiros de lamentações.
Devido ao cálice transbordante do Evangelho de Deus, a nossa cultura, agora, é não participar dos lamentos alheios e das murmurações dos seus problemas, uma vez que, somos nós que temos a árvore edulcorante para lançar à piscina amarga de Mara, com alegria, engrandecendo ao Senhor. O Evangelho é uma sinfonia de contentamento.
O Espírito Eterno, que em nós habita como o nosso Guia e Consolador eficaz,nunca deixará que a adoração dos santos macule o nome de Jesus com um estilo vulgar de lamentações, crítica e azedume. O Evangelho é celebração no velório. É verdade que Cristo Jesus morreu, todavia a Sua sepultura tornou-se uma festa da esperança.
Estamos ordenados para ser os menestréis dos céus, por isso, vamos ensaiar o nosso hino eterno antes de cantá-lo nos salões da Nova Jerusalém. É o hino de louvor que fala da troca da nossa mortalha pela roupa de gala da ressurreição.
Estamos contentes porque fomos aceitos pelo Evangelho de Deus e cantamos com gozo a nossa alforria. Somos duplamente alegres: primeiro, porque fomos perdoados de todos os nossos pecados; segundo, porque ganhamos a bem-aventurança eterna de filhos de Aba. Haverá qualquer limite para a nossa alegria no Senhor, mesmo agora?
O apóstolo encontrava-se quebrantado para ser o aroma agradável ao Senhor. Nós também, do turno da madrugada, encontrados pelo Senhor, fomos feitos, por Ele, em Seu laboratório, como hena e nardo, cálamo e canela; feitos como Sua melhor fragrância, mesmo aqui e agora, para o louvor da Sua glória. Não somos carniça, somos perfume.
“Nosso prazer é nos alegrar em Ti. - Em Ti Jesus, o Evangelho de Deus! Nada nesse mundo deve tirar a nota de jubilo que corre em nosso ser, mesmo por trás das lutas desta era. Essa última palavra é a carne no prato, o kernel do software, a alma do texto. Ó que céus são postos em Jesus!” <strong >Tu foste feito mais alto do que os céus.Hebreus 7:26c.
Esse rio de felicidade infinita têm a sua fonte e cada gota de sua plenitude nEle mesmo. -Não Te adoramos por obrigação, nem servimos a quem Tu queres que sirvamos por constrangimento, mas por desprendimento. Se somos humilhados, para que os Teus sejam exaltados, nisso não há sacrifício, porque o nosso prazer é fazer a Tua vontade.
Ó Evangelho de Deus, Cristo Jesus encarnado! Já que és o nosso prazer, digo como o salmista: <strong >Terei prazer nos teus mandamentos, os quais eu amo.Salmos 119:47.