Estudo | Glenio Fonseca Paranaguá - DAS RIQUEZAS PARA FAZER AMIGOS
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DAS RIQUEZAS PARA FAZER AMIGOS
E eu vos recomendo: das riquezas de origem iníqua fazei amigos; para que, quando aquelas vos faltarem, esses amigos vos recebam nos tabernáculos eternos.
Lucas 16:9.
Amizade é a forma relacional mais íntima que Jesus indicou aos seus discípulos. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer. João 15:15. Para um amigo de verdade não se tem segredos.
Quando Jesus recomenda aos seus amigos a fazerem amigos com investimentos de origem injusta, estava dizendo que fazer amigos no Reino de Deus é a coisa mais séria que se pode fazer com as riquezas do mundo. Fazer amigo é o máximo que podemos fazer.
Amigo, no Reino de Deus, é alguém que foi alcançado pela graça e transformado de inimigo de Deus em Seu amigo, eternamente, portanto, ele se torna amigo dos amigos de Deus. Todos que são amigos de Cristo são amigos dos amigos de Cristo. Na casa de Aba não existe aqueles que são amigos de Cristo, embora cultivem inimizade entre eles.
A riqueza no mundo tem uma origem iníqua. Isto não significa que ao adquiri-la, fizemos com desonestidade. Muitos armazenam suas riquezas de modo fraudulento, mas isto não quer dizer que todos que acumulam riquezas o fazem com má-fé ou dolo. Porém, as riquezas, por mais bem adquiriras que sejam, têm uma origem iníqua por trás.
Se não houvesse o pecado, não haveria riquezas particulares, pois tudo seria de todos. Mas por causa do pecado a origem das riquezas ficou contaminada pelo egoísmo. Toda riqueza, por mais honesta que seja, tem uma origem pecaminosa. Mesmo assim, nós podemos usá-las de modo legítimo para os fins mais elevados.
Nós podemos enviar dinheiro para o céu. Como assim? Indaga alguém. Jesus disse: Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam. Mateus 6:19-20. Como podemos ajuntar tesouros no céu?
“Devemos fazer amigos por nós mesmos através das riquezas injustas. Isto é, devemos usar o dinheiro e outras coisas materiais de modo a ganhar almas para Cristo e assim formar amizades que durarão por toda a eternidade”.
Dr. Pierson afirmou com clareza meridiana: “O dinheiro pode ser usado para comprar Bíblias, livros, folhetos, e, deste modo, indiretamente, as almas dos homens. Assim, o que era material e temporal torna-se imortal, torna-se não material, espiritual e eterno”. Se investimos na pregação do Evangelho, ajuntamos tesouros no céu.
Aqui está alguém que tem R$ 100. Ele pode gastar tudo num jantar ou no happy hour, mas no dia seguinte não há nada para mostrar. Por outro lado, pode investir em Bíblias. Se ele comprar cinco exemplares da Palavra de Deus e semeá-las como semente do Reino, e essa semente brotar em uma colheita, não de Bíblias, mas de almas, então...
Ao investir as riquezas de origem injusta, ele fez amigos imortais, e, quando não precisar mais destas riquezas, pois estará no céu, estes amigos que ele fez aqui, investindo as riquezas na pregação do Evangelho, os receberão, finalmente, nas habitações eternas.
O ensinamento do nosso Senhor, pelo sábio investimento das posses materiais, mostra que podemos participar da bênção eterna de homens e mulheres. Podemos nos certificar de que, quando chegarmos ao céu, haverá uma comissão de boas-vindas dos que foram salvos por meio das ofertas e orações que promoveram a pregação do Evangelho. Essas pessoas vão nos agradecer dizendo: "Foi você quem investiupara que eu esteja aqui."
O homem geralmente é mordomo de Deus; e em outro sentido e de outro modo, Israel foi mordomo de Deus, colocado na vinha de Deus para cuidar da lei, promessas, alianças, adoração. Mas em tudo, Israel foi encontrado desperdiçando seus bens.
Precisamos ter cuidado com a mordomia. Para Paul S. Rees, “mordomia não é o ato de deixar uma gorjeta sobre a mesa de Deus; é a confissão de uma dívida impagável contraída no Calvário”. Não somos donos de nada aqui e não levamos nada daqui, senão as vidas que foram ganhas para Cristo com a aplicação das riquezas de origem injusta.
J. Blanchard afirmou que: - o dinheiro sob sua administração pode fazer de você um missionário no estrangeiro sem que jamais deixe sua cidade, um evangelista sem nunca ter subido num púlpito, um pregador-radialista sem nunca ter entrado num estúdio, um mestre da Bíblia sem nunca ter escrito um livro.
Jesus falando da administração dos recursos, disse: Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito. Se, pois, não vos tornastes fiéis na aplicação das riquezas de origem injusta, quem vos confiará a verdadeira riqueza? Lucas 16:10-11.
Alguém disse que a graça não torna a contribuição do cristão, na obra de Deus, algo opcional. Mas também não pode ser algo obrigatório. Não é mero dever, mas puro e santo ato de amor e prazer. “É possível dar sem amor, mas é impossível amar sem dar.”
Foi com este pano de fundo que Robert Rodenmayer afirmou: Há três espécies de contribuição: com ressentimento, por dever e com ações de graça. A contribuição com ressentimento diz: "Tenho de fazê-lo"; a contribuição por dever diz: "Devo fazê-lo"; a contribuição com ações de graças diz: "Quero fazê-lo". E quero porque é um prazer ser um investidor em fazer amigos eternos, por amor Àquele que nos amou.
Para William MacDonald, “se formos fiéis em nossa mordomia do que é mínimo (dinheiro), seremos fiéis ao lidar com o que é muito (tesouros espirituais). Por outro lado, um homem que for injusto ao usar o dinheiro que Deus lhe confiou, será injusto quando considerações maiores estão em jogo. A relativa falta de importância do dinheiro é bem enfatizada pela expressão de que ele é o mínimo”.
Aquele que é fiel no... Esta é uma máxima quase universalmente verdadeira. Um homem que mostra fidelidade em pequenos assuntos, também será em grandes; e aquele que trapaceia e defrauda em pequenas coisas, também se envolverá em coisas maiores. A fidelidade é necessária em assuntos pequenos, assim como naqueles de maior importância.
Jesus mexe mais nesta questão. Se não vos tornastes fiéis na aplicação do alheio, quem vos dará o que é vosso? Lucas 16:12. “Este versículo distingue entre o que é do outro e o que é seu. Tudo o que temos - nosso dinheiro, nosso tempo, nossos talentos - pertencem ao Senhor e devemos usá-los para Ele. Aquilo que é nosso, refere-se às recompensas que colhemos nesta vida e na vida por resultado do nosso serviço fiel a Cristo. Se não fomos fiéis naquilo que é dEle, como Ele pode nos dar o que é nosso”?
Jesus disse mais: Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. Lucas 16:13.
É totalmente impossível viver para as coisas e para Deus ao mesmo tempo. Se somos dominados pelo dinheiro, não podemos estar realmente servindo ao Senhor. Para acumular riqueza, devemos dedicar nossos melhores esforços à tarefa. No próprio ato de fazer isso, roubamos de Deus o que é seu por direito. É uma questão de lealdade dividida.
Quando os motivos são misturados, as decisões não são imparciais. Onde estiver o nosso tesouro, aí estará o nosso coração. No esforço para ganhar as riqueza, estamos perdendo a vida. É completamente impossível servir a Deus e a Mamom ao mesmo tempo. Mamom clama por tudo o que temos e somos - nossas noites, nossos fins de semana, o tempo que deveríamos estar dando ao Senhor. Mamom ao nos dar algo nos consome a vida.
Os verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, em relação ao dinheiro, devem ser previdentes, mas não acumuladores. Devem trabalhar e ganhar não apenas para ter o usufruto dele, mas também para investir na salvação das almas. O grande investimento dos filho de Deus no mundo é fazer amigos para a eternidade. É verdade que “ganhamos a vida pelo que recebemos, mas vivemos a vida pelo que damos”, ensinava Duane Hulse.
Alguém disse que dinheiro é como estrume, amontoado fede, espalhado aduba e enriquece o solo. Aquilo que nos torna ricos espiritualmente, neste mundo, não é o que ajuntamos, mas o que espalhamos e doamos para ganhar vidas para o reino de Deus. Ok?