Estudo | Glenio Fonseca Paranaguá - AT. 4º. ACERCA DO CAMINHO DA SALVAÇÃO,
![](../content/imgsite/separador-ib.jpg)
AT. 4º. ACERCA DO CAMINHO DA SALVAÇÃO,
O ser humano foi criado, por Deus, reto, mas houve uma queda espiritual de proporções globais. A humanidade é uma raça caída, totalmente depravada, moralmente corrompida e morta em sua expressão espiritual. Não há vida espiritual no ser humano.
Um ser morto espiritualmente não tem qualquer possibilidade de se relacionar com Deus em Sua natureza espiritual. Só um milagre da graça pode levar o ser humano caído, a se conectar com Deus, de modo espiritual. Assim, o ser humano precisa de um novo nascimento espiritual, dado por Deus, para poder ter comunhão com Deus.
(1) Cremos que a salvação de pecadores é inteiramente de graça, uma vez que a graça é Deus dando e fazendo tudo ao morto espiritual, que nada merece e nunca terá condições de merecer coisa alguma. O morto espiritual jamais terá condições de agir espiritualmente, se antes não for vivificado, no espírito, pela graça de Deus.
A graça de Deus está essencialmente associada ao ser humano em seu pecado e o pecado associado à morte espiritual. A graça de Deus não encontra pessoa preparada para a salvação, mas torna-a preparada para recebê-la. O ser humano não assegura em nenhum momento a graça de Deus para a sua salvação, mas a graça de Deus assegura o tempo todo as reações humanas diante das ações de Deus para a salvação do seu povo.
Explicando o dote da Salvação, os apóstolos disseram à igreja em Jerusalém, que tanto judeus como gentios foram salvos pela graça. Mas cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles o foram. Atos 15:11.
(2) por meio da obra meritória do Filho de Deus- aqui reside todo o mérito. Foi o reformador Lutero quem disse: “Os salvos são escolhidos não por seus próprios méritos, mas pela graça do Mediador.” E podemos dizer: unicamente pelo méritos do Mediador. Não há em nós qualquer qualidade que desperte a ação Divina em nosso favor.
Alguém já disse - “Graça é algo mais do que ‘favor imerecido’... graça é favor demonstrado onde há absoluto demérito na pessoa que a recebe”. Foi por isso que nosso irmão compositor Benjamim Beddome afirmou: “A graça de Deus pode salvar almas sem a pregação; mas toda a pregação do mundo não pode salvar almas sem a graça de Deus”.
Ninguém poderá descansar verdadeiramente na graça de Deus, se antes não conhecer, pessoalmente, o caráter imutável do Deus de toda graça. Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16. Deus se revela aos Seus no mundo.
Para J. Edwards, “mediante o resgate da redenção de Cristo, duas coisas são pretendidas: sua satisfação e seus méritos; uma paga as nossas dívidas e assim satisfaz; a outra adquire nosso título e, portanto, tem méritos. A satisfação de Cristo está em libertar-nos da miséria; o mérito de Cristo está em comprar a felicidade para nós”.
(3) o qual por decreto do Pai tomou voluntariamente sobre si a nossa natureza, exceto o pecado; cremos, como Thomas Watson, que “a vocação de Deus é fundamentada em seus decretos, e seus decretos são imutáveis.” O salmista canta: Os teus decretos são motivo dos meus cânticos, na casa da minha peregrinação. Salmos 119:54. Como disse A. W. Pink, “o que quer que seja feito no tempo, foi pre´-ordenado antes de iniciar-se o tempo,” pois Deus não tem imprevistos nem improvisos.
O Deus onisciente não se perde na história, pois tudo dEle é bem determinado e os Seus propósito são rigorosamente cumpridos. Jesus assumiu nossa natureza humana na encarnação, mas não a nossa pecaminosidade, para poder ser o nosso Advogado ante o trono da justiça. Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós; para que, nEle, fôssemos feitos justiça de Deus. 2 Coríntios 5:21.
Jesus subsistindo na morfologia Divina, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Filipenses 2:6-8.
(4) o qual guardou a lei divina por sua obediência pessoal, para ser o único que tivesse a real condição de cumprir a lei, porque não tinha pecado, nem dolo algum se achou em sua boca. Foi do agrado do SENHOR, por amor da sua própria justiça, engrandecer a lei e fazê-la gloriosa. Isaías 42:21.
Jesus é Aquele que pôde cumprir a lei. Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. Gálatas 4:4-5.
Jesus cumpriu a lei em nosso favor, a fim de satisfazer a justiça de Deus e por meio do Seu sacrifício tornar-nos participantes da justificação que a lei exige. Alguém já disse que “a lei pode atormentar uma pessoa até o Calvário, mas nunca além dele”.
Ao cumprir a lei, Jesus satisfez a justa exigência da lei, em nosso benefício, mas não nos deixou isentos de vivê-la, pois, Ele vem viver as normas da lei por meio de Sua vida em nós implantada, pelo Espírito Santo. Quando a lei de Deus é expressa, em nós, pela vida de Cristo, nossos deveres se tornam nossos prazeres.
(5) o qual pela sua morte fez uma expiação completa pelos nossos pecados, pois a “morte de Cristo foi uma expiação perfeita que teve sucesso total, não uma tentativa parcialmente falha. Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si. Isaías 53:11.
Sabemos pela Escritura que o Senhor Jesus foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação. Romanos 4:25. A morte e a ressurreição de Jesus satisfizeram plenamente a obra de Salvação do Seu povo.
(6) e, tendo ressuscitado dentre os mortos, está agora entronizado no céu, como o nosso intercessor, por isso pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Hebreus 7:25.
Depois de realizar uma eterna Salvação, de uma vez por todas, o Senhor Jesus completou Sua missão redentora irretocável. Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal sumo sacerdote, que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus, como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem. Hebreus 8:1-2. Jesus é o Salvador e a Salvação daquele que crê.
O fato de Jesus Cristo estar assentado na sala do trono significa que Ela já fez a Sua missão e consumou a obra da Sua eterna Salvação, e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem. Hebreus 5:9.
“Nosso relacionamento com Cristo e´ uma questa~o de vida ou morte, e num plano muito superior. O homem que conhece a Bi´blia sabe que Jesus Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores e que os homens sa~o salvos apenas por Ele sem qualquer influe^ncia por parte de quaisquer obras merito´rias deles,” disse A. W. Tozer.
(7) e, unindo em sua pessoa maravilhosa as simpatias mais ternas, com a divina perfeição, ele é em todos os sentidos um Salvador idôneo, compassivo e suficiente, para todos os Seus, em todos os tempos. E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação. Hebreus 9:27-28.
Cristo é Deus, Jesus é o homem sem pecado e o único caminho que nos leva ao Pai. Ele é a nossa eterna Salvação. Eterna, não apenas porque jamais a perdemos, mas, porque ela foi também providenciada nEle, na eternidade, antes de nossa queda.
Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim. Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo. João 17:22-24.
A salvação não é um remendo para consertar um acidente histórico, mas, um concerto eterno da Trindade, restaurando a queda prevista antes da fundação do mundo.